O Advogado e a Inteligência Artificial – oportunidades e ameaças

O cientista da computação John McCarthy cunhou o termo Inteligência Artificial e foi o precursor desse tipo de avanço tecnológico. Ele criou uma linguagem de programação que deu origem ao primeiro jogo de xadrez entre humanos e robôs. 

Da primeira partida de jogo entre homem e máquina à Inteligência Artificial que conhecemos hoje, existe um espaço de conhecimento e aprendizado enorme a ser preenchido, nada pode ser dado por concluído, existe muito o que se desenvolver neste campo. Mas afinal, como lidar com esses avanços no setor tecnológico?

Acompanhe a opinião do advogado Rafael Barioni, da Sanchez & Sanchez Sociedade de Advogados, cliente Fácil | Espaider, em artigo publicado no portal Gazeta Nacional, de 19.11.19, sobre oportunidades e ameaças para o profissional da área jurídica. Veja também algumas soluções criadas pela Fácil para auxiliar advogados a reduzir atividades manuais.

Opinião de cliente Fácil | Espaider
Rafael Barioni articula que os robôs nunca poderão aconselhar clientes, apresentar resumos e teorias legais inovadoras, nunca estarão presentes em uma mesa de negociação, jamais poderão comparecer em uma audiência, realizar sustentações orais, e afins, no entanto, cabe ao profissional do direito continuar se atualizando, buscar novos conhecimentos e se capacitar cada vez mais para atender às novas oportunidades que a tecnologia e as relações geram diariamente. 

Barioni resumiu bem. A aplicação da Inteligência Artificial (na verdade um subcampo denominado Aprendizado de Máquina) está muito distante de substituir um advogado em atividades que são efetivamente muito nobres e que utilizam, ao máximo, o potencial do cérebro humano. 

A Inteligência Artificial pode substituir funções destinadas à realização de tarefas muito repetitivas e que demandam uma utilização muito reduzida do potencial do cérebro humano. Neste caso, esta substituição é muito oportuna. Podemos concluir que seja um excelente avanço tecnológico em prol da atividade jurídica.

Na área do direito, essa mão de obra tende a se deslocar para atividades nobres, com utilização intensa dos cérebros, o que propiciará aos departamentos jurídicos e escritórios de advocacia fazer muito mais com os recursos disponíveis. 

A Sanchez & Sanchez já anunciou seu processo de implantação do PARKER, o ferramental de aprendizado de máquina criado pela Fácil. A primeira atividade que será automatizada com IA é o processo de leitura de milhares de notificações judiciais e a distribuição para os advogados, aplicando os prazos devidos e colocando na agenda dos profissionais as providências a serem tomadas. Em outras palavras, o PARKER lê a publicação, identifica do que se trata e o Espaider sugere eventos e providências pertinentes para os advogados responsáveis. Uma atividade que antes era possível de ser realizada somente por humanos, agora será realizada por agentes automatizados.

Já no primeiro trimestre de 2020, a Fácil lança a leitura de petições e o cadastramento de pedidos e valores no sistema de gestão. Esse é mais um exemplo de atividade que era executada por humanos e que agora agentes automatizados podem realizar com bastante eficiência. Também estará disponível a análise cognitiva de contratos, que auxilia os escritórios de advocacia e departamentos jurídicos nas verificações dos contratos.

Enfim, a IA deve ser vista na área do direito como uma oportunidade de deslocamento do advogado para suas atividades nobres e não como ameaça ao seu trabalho. 
 


Publicado em: 17/12/2019