Obstáculos à automatização de escritórios e departamentos jurídicos

Carl Benedikt Frey e Michael A. Osborne (professores da Universidade de Oxford) discorreram em um artigo de 2013 a respeito do futuro dos empregos frente à automatização. Para os docentes, a informatização de tarefas conta com a vantagem dos algoritmos, ou seja, com a ausência de vieses humanos e chega-se a soluções imparciais. Segundo Frey e Osborne, um algoritmo realiza, implacavelmente, a pequena variedade de tarefas que recebe. Já o critério humano pode passar por circunstâncias que contribuem com as falhas, por exemplo, o profissional necessita dormir, alimentar-se e realizar outras atividades que não são inerentes à sua ocupação profissional. 

O artigo exemplifica a questão das falhas humanas relatando o resultado de uma pesquisa com experientes juízes israelenses. Eles eram mais generosos em suas decisões após o almoço. Ou seja, várias questões influenciam o ser humano nas suas decisões e no desempenho de suas tarefas. Por isso, automatizar escritórios jurídicos é necessário para eliminar erros na realização de tarefas mecânicas, e não cognitivas. 
Convidamos você para analisar conosco, os obstáculos à automatização de escritórios e departamentos jurídicos. 

Máquina a serviço do homem 
A automatização de escritórios e departamentos jurídicos passa pelo entendimento das funções desempenhadas pelos advogados e o desenho dessas funções dentro das capacidades do sistema. Por exemplo, automatizações hoje já consolidadas, respondem pela comunicação de eventos aos responsáveis pelos processos. Se antes era necessária a consulta manual aos diários, recortes ou sites jurídicos, hoje, o sistema faz essa consulta e avisa os responsáveis sobre os resultados encontrados. 

Obstáculos à automatização de processos jurídicos 
Dois principais obstáculos que impedem departamentos jurídicos e escritórios de advocacia de automatizarem seus processos são: 

- cultura da organização; e 
- tecnologia. 

Toda automatização pressupõe a definição de modelos de trabalho. Quando não há autoridade centralizadora na organização, que possa definir padrões e procedimentos, a automatização pode encarecer ou até ser inviabilizada. 

Em relação à tecnologia, ao mesmo tempo em que ela permite a automação até certo grau, a depender do procedimento a ser automatizado, podem faltar recursos. É nesse ponto que a inovação tecnológica surge a todo vapor, ampliando os limites do que pode ser automatizado. 

Além dos obstáculos citados, é comum encontrar empresas e escritórios resistentes à automação por questões culturais, acomodação da instituição em seus processos atuais, ou financeira, quando há restrição orçamentária para o investimento inicial, a despeito dos ganhos futuros. 

Limites à automatização
Atividades que exigem criatividade, inteligência emocional ou interface com diferentes meios, são improváveis de serem automatizadas. Por exemplo, elaboração de novas teses, debates com juízes ou advogados de oposição e o acolhimento de clientes, dificilmente serão automatizados. 

Recomendação da Fácil para dar o start à automatização 
Escritórios de advocacia e departamentos jurídicos possuem tarefas mecânicas e repetitivas, que podem ser facilmente automatizadas. Primeiramente, deve-se entender o negócio, onde estão os gargalos para buscar soluções que atendam a esses pontos. A Fácil especializou-se em trabalhar junto com os seus clientes para lhes oferecer soluções personalizadas. 

Muito se fala na indústria 4.0 e em como a Inteligência Artificial está revolucionando o cenário, mas o que percebemos no mercado hoje, é que há bastante espaço para automatização mais tradicional também. Relatórios, alertas, cálculos e captura de informações podem oferecer ganhos mais claros e imediatos em um primeiro momento, bem como, abrir o caminho para a inteligência no futuro. 

Processos automatizados permitem ampliar a escala pela redução de custos, recursos e tempo, ao mesmo tempo em que garantem a qualidade e a segurança desses processos. 


Publicado em: 12/12/2019